sábado, 5 de março de 2011

Exercícios: Revolução Francesa e Era Napoleônica

Questões:


01. O governo de Luís XIII na França foi caracterizado, entre outros aspectos, pelo conflito entre a autoridade real e os protestantes franceses. Na essência esse conflito representou:
                             
a) o resultado da política de Richelieu, voltada para a consolidação do poder do rei, retirando dos protestantes a autonomia político militar de que dispunham.

b) um dos últimos episódios das Guerras de Religião deflagradas pela Reforma da Europa, já que a França seguia as determinações de Roma.

c) a resposta do rei, pelo combate dos protestantes, às perseguições sofridas pelos católicos na Alemanha.

d) o ponto de partida para a formação do chamado Estado Nacional Francês, posto que os protestantes, dominando Estados independentes na França, dificultavam a unificação do país.

e) a conseqüência mais visível do choque entre os interesses econômicos da burguesia mercantil francesa, católica, e os dos grandes latifundiários do país, protestantes.


02. A consolidação do absolutismo na França pode ser considerada tardia, se comparada com outras nações, e isso se deveu:

a) À política militarista desenvolvida pelo cardeal Richelieu, envolvendo a França na Guerra dos 30 anos.

b) À oposição dos huguenotes ao absolutismo real, fazendo com que o país mergulhasse nas guerras de religião.

c) Ao fato de o primeiro rei da Dinastia Bourbon ser protestante, não aceito pelos franceses.

d) À política econômica do ministro Colbert, que, ao desenvolver as manufaturas, não acompanhou a tendência mercantil.

e) À manutenção de privilégios à nobreza, como os impostos e a justiça regional.


03. (UFV) Durante o período Napoleônico (1799 - 1815), entre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:

a) Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Bando da França, em 1800.

b) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.

c) Promulgação, em 1804, do Código Civil, que incorporou definitivamente à legislação francesa os princípios liberais burgueses.

d) Expansão territorial da França, graças à incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado "Império Napoleônico".

e) Criação do franco como novo padrão monetário.


04. (UFMG) Marx, em A Sagrada Família, afirmou que o Golpe de 18 Brumário de 1799 instaurou um regime que "concluiu o Terror, pondo no lugar da revolução permanente, a guerra permanente". Todas as alternativas contêm referências corretas relativas à afirmação acima, exceto:

a) A concentração de um poder ditatorial nas mãos de Napoleão Bonaparte.
b) A repressão interna desencadeada pelo novo regime sobre os opositores do golpe.
c) As constantes campanhas militares empreendidas por Napoleão.
d) As proibições impostas à burguesia no campo associativo.
e) As severas interdições que limitaram a liberdade da imprensa francesa.


05. (UNAERP) Abolição da escravidão; fim dos privilégios; limite aos preços dos gêneros alimentícios; criação do ensino gratuito obrigatório; concessão de terras aos camponeses. Estas foram medidas tomadas pelo:

a) adepto da escola econômica fisiocrática, o francês Turgot;
b) jovem general, recém-chegado do Egito, Napoleão Bonaparte;
c) líder jacobino, Robespierre, conhecido como "o Incorruptível";
d) primeiro-ministro francês, cardeal de Richelieu, a concluídas por seu sucessor, cardeal Mazarino;
e) "Rei-Sol", Luís XIV, juntamente com seu ministro Colbert.


06. (MACK) Sobre a Revolução Francesa, é incorreto afirmar que:

a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos Jacobinos;
b) a convocação dos Estados Gerais foi uma demonstração da força econômica do Antigo Regime;
c) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando-se senhora do Estado;
d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção burguesa da sociedade;
e) a Bastilha, antiga prisão do estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras.


07. (UNIRIO)
"Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça encontrem um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo." (Napoleão Bonaparte)

Sobre o Período Napoleônico (1799 - 1815), podemos afirmar que:

a) consolidou a revolução burguesa na França, através da contenção dos monarquistas e jacobinos;
b) manteve as perseguições religiosas e confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa;
c) enfrentou a oposição do Exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses;
d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados;
e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito
de propriedade.


08. A Revolução Francesa representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime.

Entre as características da crise do Antigo Regime, na França, está:

a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da
nobreza;
b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial;
c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert;
d) o apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza;
e) o fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.


09. Ocorrida no final do século XVIII, a Revolução Francesa alastrou-se pela Europa absolutista. Na França, a superação do absolutismo monárquico ficou evidenciada a partir do momento em que:

a) o sufrágio universal e as escolas públicas foram instituídos como algumas das reformas radicais da   
Convenção Revolucionária;

b) os representantes do Terceiro Estado exigiram que seu número dobrasse e que a votação fosse por deputado;

c) os Estados Gerais se reuniram no Palácio de Versalhes, por convocação do monarca Luís XVI;

d) o Terceiro Estado separou-se dos outros dois, formando logo depois a Assembléia Nacional Constituinte;

e) as camadas populares urbanas começaram a atacar lojas de armas em apoio a Napoleão.


10. A Revolução Francesa teve início quando os Estados Gerais (Assembléia Geral do Reino), reunidos em maio de 1789, foram ameaçados de dissolução por parte de Luís XVI. O Terceiro Estado, formado pelos representantes da burguesia, dos camponeses e dos "sans-culottes" (artesãos e aprendizes), reuniu-se em separado e auto- proclamou-se, em julho de 1789, Assembléia Nacional Constituinte. Entre as medidas tomadas por essa Assembléia, não se inclui a:

a) abolição dos deveres dos camponeses para com o clero;
b) reforma tributária inspirada por Turgot e Calonne;
c) instituição do direito à igualdade perante a lei;
d) instituição do direito à inviolabilidade da propriedade privada;
e) instituição do direito de resistência à opressão.

Resumo: Revolução Francesa

A França ainda era um país agrário no fim do século XVIII. Embora o capitalismo já tivesse começado a provocar mudanças em sua estrutura, sua organização social ainda estava baseada em estamentos.

A sociedade francesa era dividida em classes sociais, ou Estados Nacionais:

* 1° estado – clero; cerca de 2% da população.
* 2° estado – nobreza; também 2% da população.
* 3° estado – burguesia: alta burguesia, média burguesia, baixa burguesia (artesãos, aprendizes, proletários, servos e camponeses semi ou livres).O terceiro estado arcava com o peso dos impostos e contribuições para o rei, o clero e a nobreza. Os outros dois estados não pagavam tributos e ainda viviam a custa do dinheiro público.

A indústria francesa sofreu séria crise a partir de 1786 e em 1787, uma seca diminuiu a produção de alimentos. A situação do tesouro na França estava em crise. Na tentativa de vencer essa crise o ministro das Finanças, o banqueiro Jacques Neckes, convocou a Assembléia dos Estados-Gerais com o objetivo de fazer o terceiro estado pagar mais impostos. O terceiro estado rejeitou.

Em 17 de junho de 1789, o terceiro estado proclamou-se Assembléia Nacional . Em represália, o rei Luís XVI mandou fechar a sala onde se reuniam no Palácio de Versalhes, estes foram então para a sala de Jogo da Péla, onde receberam a adesão de parte do clero e de nobres influenciados pelo Iluminismo. O rei não teve alternativa senão aceitar a Assembléia Nacional.

Em 9 de julho, a Assembléia Nacional Em 9 de julho, a Assembléia Nacional transformou-se em Assembléia Constituinte. Os deputados juraram só se dispersar depois de dar uma Constituição à França. Três dias depois, a demissão de Necker tornou ainda mais tensa a situação. No dia 14 de julho, o povo parisiense tomou de assalto a fortaleza da Bastilha. A explosão revolucionária alastrou-se então por todo país. É a época do grande medo.

Em 26 de agosto de 1789, a Assembléia aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Com 17 artigos e de inspiração iluminista, o documento proclama o direito à liberdade, à igualdade perante a lei e à inviolabilidade da propriedade, assim como o direito de resistir à opressão.

Em 1791 fica pronta a Constituição Francesa que estabelecia o estado com uma Monarquia Constitucional, preservando um caráter burguês: o voto censitário. Em novembro desse mesmo ano a Assembléia confisca os bens da Igreja e da nobreza, causando pânico entre o clero e a nobreza.
Em julho de 1791, Luís XVI tenta, sem êxito, fugir para a Áustria, mas é detido e afastado de suas funções públicas. O rei tornava-se assim, prisioneiro da Revolução.

Em 1792, a Áustria, apoiada pela Prússia, declarou guerra a França, com medo de que a Revolução se espalhasse até seu país. Invadiram a França, mas foram derrotados.
Internamente, a crise começou a provocar divisões entre os próprios revolucionários. Duas correntes políticas disputavam o poder: os girondinos (representantes da alta burguesia, não desejavam a participação popular) e os jacobinos/sans-culottes (eram radicais e próximos do povo).

Após a derrota dos austros-prussianos, em Paris, formou-se uma Convenção Nacional, eleita por sufrágio universal, isto é, pelo voto de todos os cidadãos do sexo masculino. Ela assumiu o lugar da Assembléia, proclamou a República no dia 22 de setembro e condenou à morte pela guilhotina o rei Luís XVI.

Tinha início uma nova etapa na Revolução. Em 1793, é elaborada uma nova Constituição, concedendo sufrágio universal masculino e novo calendário estabelecendo o dia 22 de setembro de 1792 como o primeiro dia do ano I da República.
A execução de Luís XVI,em 21 de janeiro, a situação tornou-se difícil para os revolucionários.No interior, eclodiram revoltas na região da Vandéia e em outros lugares,estimuladas nobres.

A resposta da Convenção foi decretar "a pátria em perigo" e constituir o Comitê de Salvação Pública,encarregado de organizar a defesa e restabelecer a ordem interna. Entre os líderes do Comitê sobressaíam Robespierre,Louis Antoine Saint-Just e Danton.Ao mesmo tempo,foi organizado o Tribunal Revolucionário,destinado a julgar os contra-revolucionários.Teve início então o período do Terror,que se estenderia de junho de 1793 a julho de 1794.

Começa a surgir divergências entre Danton e Hébert, para equilibrar-se no poder, Robespierre mandou guilhotinar Danton e Hébert.
Com este ato cresceu a impopularidade de Robespierre e cresceu o poder dos girondinos e assim, fizeram um golpe e tomaram o poder da Convenção. O Golpe de 9 Terminador correspondia ao dia 27 de julho de 1794 (queda da pequena burguesia e das reformas sociais de caráter popular).

O poder da Convenção caiu nas mãos dos representantes da alta burguesia ligados aos girondinos. Instalou-se a Reação terminadora. Preparou-se nova Constituição, a do ano III (1795), que estabeleceu uma Executivo com cinco diretores eleitos pelo Legislativo, O diretório.
Afastado o perigo externo que ameaçava a França, O Diretório aboliu a lei dos Suspeitos eo tabelamento de preços. A população de Paris foi desarmada e a escravidão reinstaurada nas colônias francesas.

Os jacobinos tentaram uma reação, mas o Diretório pede ajuda ao exército e em 1795 um jovem general de 26 anos, chamado Napoleão Bonaparte, que foi escolhido para organizar a defesa do país e derrotar os jacobinos. Como recompensa do Diretório, Napoleão ganha o comando do exército da península Itálica. Depois de 4 anos, Napoleão é convidado a fazer parte do governo. Em 9 de novembro de 1799 (ou 18 Brumários, no calendário Republicano) assumiu plenos poderes por meio de um golpe de estado, onde recebeu o título de cônsul.
Em 1804 coroou-se imperador, Napoleão I.

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Linha do Tempo

Tem gente que não consegue se situar no tempo só se baseando nas datas soltas. Por isso resolvi postar esta Linha do Tempo, com resuminhos de alguns acontecimentos importantes da História. Espero que seja útil.

Não deixem de comentar!

terça-feira, 1 de março de 2011

Incofidência mineira

              

Introdução

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. De caráter separatista o movimento tinha como objetivo tornar o Brasil independente de Portugal. A inconfidência correu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro

Causas

Externas: Ao longo do século XVIII tornou-se comum à elite colonial, enviar seus filhos para estudar na Europa, onde tomaram contato com as idéias que clamavam por direitos, liberdade e igualdade. De volta à colônia, esses jovens traziam não só os ideais de Locke, Montesquieu e Rousseau (pensadores iluministas)
Outra importante influência que marcou a Inconfidência Mineira foi a Independência das 13 colônias inglesas na América do Norte, que apoiadas nas idéias iluministas não só romperam com a metrópole, mas criaram uma nação soberana, republicana e federativa. A vitória dos colonos norte americanos frente à Inglaterra serviu de exemplo e estímulo a outros movimentos emancipacionistas na América latina, incluindo o Brasil.

 Internas: Com o declínio do açúcar a mineração se torna a principal fonte de exploração de Portugal no Brasil. Dessa forma começa o ciclo do ouro. Mas para extrair o ouro das minas eram necessários equipamentos, obtenção de terrenos férteis e mão de obra barata, conseqüentemente, essa atividade foi controlada pelos proprietários rurais mais renomados da época.
A obtenção do lucro para Portugal ia através do quinto do que era extraído de ouro no Brasil. O quinto nada mais era do que a retenção 20% do ouro levados às Casas de Fundição, que pertenciam à Coroa Portuguesa.
Portugal, também requeria a derrama, um novo imposto cobrado para complementar os débitos que os mineradores acumulavam junto à Coroa Portuguesa.
Considerado abusivo, esse imposto tinha muita rejeição pelos colonos. Era uma prática opressora e injusta, onde em uma data específica divulgado por Portugal, soldados enviados pelas autoridades prendiam quem era contra, que protestava ou se negava a “colaborar”.

Os inconfidentes

Os líderes dessa conspiração eram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Francisco de Paula Freire, ricos mineradores, pertencentes à elite, e também pessoas ligadas ao setor militar, e da administração da capitania. O único representante dos pobres era Tiradentes, que mais tarde seria o mártir da revolta.

Silvério dos reis

Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes foi um dos delatores da inconfidência mineira. Silvério dos reis era um fazendeiro falido e afundado em dividas com a coroa portuguesa e em troca do perdão de sua divida entregou o movimento do qual fazia parte. Forneceu a coroa portuguesa informações essenciais sobre o movimento como, por exemplo, quando ela estouraria e quem participava da inconfidência. O movimento tentaria derrubar a coroa no estado de Minas Gerais no dia de cobrar a derrama assim os inconfidentes teriam o povo revoltado contra a coroa e, eventualmente, abraçariam a revolução. O movimento foi abafado antes mesmo de começar e os membros foram presos. Silvério dos reis teve sua divida perdoada e outros benefícios.

O papel de Tiradentes

Após a revolução fracassar, Tiradentes é declarado o líder da conspiração e acaba preso como os outros membros do movimento. Devido sua origem humilde, ele é sentenciado à forca e é esquartejado. Seus pedaços são espalhados pela cidade para servir de exemplo a população enquanto os outros membros do movimento são apenas exilados.

Fontes: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/inconfidencia_mineira.htm
http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/o-quinto-e-a-derrama/
http://historianovest.blogspot.com/2010/04/inconfidencia-mineira.html





domingo, 27 de fevereiro de 2011

Gabarito dos Exercícios sobre Independência das Treze Colônias

01. D

02.
a) Colonização de povoamento, baseado em uma economia extrovertida apoiada na pequena propriedade, na policultura e no trabalho livre.

    b)  Porque as colônias do Norte gozavam de uma autonomia administrativa que foi preservada após
a independência, através do sistema federativo.


03.
D

04. A

05.
a) A crescente pressão fiscalista da Inglaterra sobre as colônias do Norte e a influência liberal das idéias iluministas.

     b) O processo de independência das Treze Colônias teve como ponto de partida o interesse das colônias do Norte em assegurar sua autonomia.

06. A
07. B
08. E
09. C
10. B

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