terça-feira, 17 de maio de 2011
Mestre sala dos mares
Há muito tempo nas águas
Da guanabara
O dragão no mar reapareceu
Na figura de um bravo
Feiticeiro
A quem a história
Não esqueceu
Conhecido como
Navegante negro
Tinha a dignidade de um
Mestre-sala
E ao acenar pelo mar
Na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por
Batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam
Das costas
Dos santos entre cantos
E chibatas
Inundando o coração,
Do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro
Gritava então
Glória aos piratas, às
Mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça,
Às baleias
Glórias a todas as lutas
Inglórias
Que através da
Nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais.
Coroné - SeuZé
O coroné mandou dizer
Que não tem casa pra você
Que não tem carne pra comer
O coroné mandou dizer
Que é pra gente se esquecer
Que veio ao mundo pra viver
O coroné achou errado
Virar os olhos pro passado
Disse: - tá tudo consertado
Pois no sertão, se dá lavoura de cana
Eu fiz esgoto em céu aberto
Pode não ter dado certo
Já que gastei toda a grana, em menos de uma semana
Eu sou mesmo muito esperto
Mas tenho medo, que por toda essa grana
Eu ganhe estada no inferno
- Oh coroné volte ao passado
Pra você ver qual o presente que me deu
Pra você ver que o meu passado não morreu
Pra você ver que o meu futuro não é seu
Oh coroné peça desculpas por ser tão ruim
Oh coroné não seja ruim com o seu povo
Que não tem casa pra você
Que não tem carne pra comer
O coroné mandou dizer
Que é pra gente se esquecer
Que veio ao mundo pra viver
O coroné achou errado
Virar os olhos pro passado
Disse: - tá tudo consertado
Pois no sertão, se dá lavoura de cana
Eu fiz esgoto em céu aberto
Pode não ter dado certo
Já que gastei toda a grana, em menos de uma semana
Eu sou mesmo muito esperto
Mas tenho medo, que por toda essa grana
Eu ganhe estada no inferno
- Oh coroné volte ao passado
Pra você ver qual o presente que me deu
Pra você ver que o meu passado não morreu
Pra você ver que o meu futuro não é seu
Oh coroné peça desculpas por ser tão ruim
Oh coroné não seja ruim com o seu povo
Candeeiro Encantado - Lenine
Lá no sertão
Cabra macho não ajoelha
Nem faz parelha
Com quem é de traição
Puxa o facão, risca o chão
Que sai centelha
Porque tem vez
Que só mesmo a lei do cão...
É Lamp, é Lamp, é Lamp
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...
Enquanto a faca não sai
Toda vermelha
A cabroeira
Não dá sossego não
Revira bucho
Estripa corno, corta orelha
Quem nem já fez
Virgulino, o Capitão...
É Lamp, é Lamp, é Lamp
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...
Já foi-se o tempo
Do fuzil papo amarelo
Prá se bater
Com poder lá do sertão
Mas lampião disse
Que contra o flagelo
Tem que lutar
Comparabelo na mão...
É Lamp, é Lamp, é Lamp
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...
Falta o cristão
Aprender com São Francisco
Falta tratar
O nordeste como o sul
Falta outra vez
Lampião, trovão, corisco
Falta feijão
Invés de mandacaru
Falei!...
Falta a nação
Acender seu candeeiro
Faltam chegar
Mais Gonzagas lá de Exú
Falta o Brasil
De Jackson do Pandeiro
Maculêlê, Carimbó
Maracatu...
É Lamp, é Lamp, é Lamp
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...
Cavalos do Cão - Zé Ramalho
Corriam os anos trinta
No nordeste brasileiro
Algumas sociedades lutavam pelo dinheiro
Que vendiam pelas terras
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros
E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar
Na memória da vingança
Um desejo de menino
Um cavaleiro do diabo
Corre atrás do seu destino
Condenado em sua terra
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros
E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar
No nordeste brasileiro
Algumas sociedades lutavam pelo dinheiro
Que vendiam pelas terras
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros
E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar
Na memória da vingança
Um desejo de menino
Um cavaleiro do diabo
Corre atrás do seu destino
Condenado em sua terra
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros
E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar
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