sábado, 4 de junho de 2011

Exercícios: A Era Vargas

Questões:
01. (FUVEST) O Brasil recuperou-se de forma relativamente rápida dos efeitos da Crise de 1929 porque:

a) o governo de Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico, com empréstimos obtidos no Exterior;
b) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos sujeito aos efeitos da crise;
c) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as finanças públicas;
d) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram a retomada da economia;
e) um efeito combinado positivo resultou da diversificação das exportações e do crescimento industrial.
                                

02. (FUVEST) A política cultural do Estado Novo com relação aos intelectuais caracterizou-se:

a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes ditatoriais;

b) por um clima de ampla liberdade pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu projetonacional;

c) pela indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças militares;

d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores sindicalizados;

e) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.


03. A Era Vargas (1930 - 1945) apresentou:

a) O abandono definitivo da política de proteção ao café.
b) A crescente centralização político-administrativa.
c) Um respeito aos princípios democráticos, em toda sua duração.
d) Um leve "surto industrial", resultante da conjuntura da Grande Guerra (1914 - 1918).
e) Um caráter extremamente ditatorial, em todas as suas três fases.


04. A Europa dos anos 30 conheceu os extremismos resultantes do confronto ideológico entre os totalitarismos de esquerda e de direita. Eram representantes de direita (nazi-fascismo), no Brasil:

a) os aliancistas, reunidos em torno da Aliança Nacional Libertadora;
b) os "camisas-verdes" liderados por Luís Carlos Prestes;
c) os tenentes, que após a Revolução de 1930, tornaram-se defensores do Estado Fascista;
d) os integralistas, sob a liderança de Plínio Salgado, sonhavam com um Estado Totalitário;
e) os getulistas, adeptos de um Estado Forte, sob a liderança de Vargas.


05. Recuperação da autonomia, reconstitucionalização do País e nomeação de um interventor civil e paulista foram reivindicações que marcaram:

a) o movimento tenentista da década de 1920;
b) a reação da oligarquia paulista na Revolução de 1932;
c) as manifestações integralistas nos anos 30;
d) as intentonas comunistas de 1935;
e) as rebeliões promovidas pela ANL entre 1934 e 1937.


06. (FGV) "Redescobrir e revolucionar é também o lema do Verde-Amarelismo, que, antes de organizar-se no movimento Anta (Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Plínio Salgado) e materializar-se no ideário 'curupira', passa pela xenofobia espingardeira da Revista Brasília."

O texto acima fala de um movimento literário do Brasil dos anos 30, que tem correspondência político-ideológica com:

a) o Integralismo
b) o Marxismo-lenilismo
c) o Anarco-sindicalismo
d) o Socialismo Utópico
e) a Maçonaria


07. (UFRJ) A expressão Estado Novo foi empregada para identificar um fato histórico a partir do momento em que:

a) entrou em vigor a terceira Constituição brasileira, a de 1934;
b) foram reunidos num só os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
c) Getúlio Vargas outorgou ao País a Carta de 1937, que lhe conferia plenos poderes;
d) assumiu a Presidência da república, Jânio Quadros;
e) assumiu a Presidência da República, João Goulart.


08. (MACKENZIE) Sobre o Estado Novo, é falso afirmar que:

a) DIP, DASP e Polícia Secreta constituíram órgãos de sustentação do regime;
b) a centralização política e a indefinição ideológica identificaram esta fase;
c) a legislação trabalhista garantia o direito de greve e autonomia sindical, mantendo o Estado afastado das relações capital e trabalho;
d) o crescimento industrial se fez em parte graças à concentração de renda, baixos salários e desemprego;
e) as oligarquias apoiavam o governo já que este garantia a grande propriedade e não estendia às leis trabalhistas ao campo.

 
09.
(FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi marcado por:

a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo;

b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre o fascismo e o comunismo;

c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os EUA e a URSS para deter o avanço fascista na Europa;

d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os EUA e a URSS;

e) a coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.


10. Após a queda de Getúlio Vargas (29/10/1945) é eleito Eurico Gaspar Dutra e no primeiro ano de seu governo é concluída a:

a) Reforma Partidária;
b) Pacificação interna dos Estados;
c) Emenda Constitucional que consolida a Constituição de 1934;
d) Democratização do País;
e) Constituição, a quinta do Brasil e a quarta da República, em setembro de 1946.


Fonte: http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-historia/revolucao-de-1930-era-vargas

OBS.: QUEM QUISER MAIS QUESTÕES, INCLUSIVE DISCURSIVAS, DÁ UMA OLHADA NESSE LINK: http://www.mundovestibular.com.br/articles/6516/1/Exercicios-sobre-a-Era-Vargas/Paacutegina1.html

Resumo: A Era Vargas

Houve muitos que consideraram um exagero retórico o uso do termo revolução para designar o ocorrido em 1930. Na realidade, segundo esse ponto de vista, a chamada Revolução de 1930 nada mais teria sido senão um golpe que deslocou do poder de Estado um setor da oligarquia brasileira, para dar lugar a um outro setor dessa mesma oligarquia.
Evidentemente que a Revolução de 1930 não poder ser comparada à Revolução francesa de 1789 ou à Revolução russa de 1917. Ela não foi programada para produzir imediatas e radicais mudanças na estrutura sócio - produtiva do país. Decorreu, sobretudo, do efeito dos limites a que chegou a política econômica de proteção do café ante à violenta crise do capitalismo mundial.

Assim vista, a Revolução de 1930 se inscreve na vaga de instabilidade política que tomou conta da América Latina na década de 30, a qual produziu grandes agitações e golpes militares no Peru (1930), na Argentina (1930), no Chile (1931), no Uruguai (1933), em Cuba (1933) e nas repúblicas centro-americanas, no mesmo período.
O que não significa dizer, no entanto, que a Revolução de 1930 não tenha sido importante para o nosso passado. Pelo contrário. A Revolução de 1930 foi decisiva para a mudança de rumos da história brasileira.

Ao afastar do poder os fazendeiros do café, que o vinham controlando desde o governo de Prudente de Morais, em 1894, pavimentou o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do país.
Tendo cortado o cordão umbilical que unia o café às decisões governamentais atinentes ao conjunto da economia e da sociedade brasileiras, a Revolução ensejou uma dinamização das atividades industriais. Até 1930, os impulsos industrialistas derivavam do desempenho das exportações agrícolas.

A partir de 1930, a indústria passa a ser o setor mais prestigiado da economia, concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados, notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, que, adicionado ao crescimento vegetativo da população, proporciona uma maior oferta de mão-de-obra e o aumento do consumo.

Entre 1929 e 1937 a taxa de crescimento industrial foi da ordem de 50%, tendo-se verificado, no mesmo período, a criação de 12.232 novos estabelecimentos industriais no país.
Desse modo, independentemente das origens sociais e das motivações mais imediatas dos revolucionários, não há dúvida de que a Revolução de 1930 constituiu uma ruptura no processo histórico brasileiro.

Significado da era Vargas:

Getúlio implantou no país um novo estilo político - O POPULISMO - e um modelo econômico baseado no intervencionismo estatal objetivando desenvolver um capitalismo industrial nacional (processo de substituição de importações).
Populismo é um fenômeno típico da América Latina,durante o séc. XX,no momento de transição para estruturas econômicas mais modernas. Ele significa "política de massas", ou seja, política que utiliza as massas como elemento fundamental nas regras do jogo.

Caracteriza-se pelo contato direto da liderança e o povo. Através dele, Getúlio lutou contra as oligarquias, manteve o povo sob controle assumindo uma imagem paternalista e consolidou a indústria dentro de um esquema intervencionista.Não se tratava de povo no governo, mas de manipulação do povo para benefício do próprio líder carismático e das elites possuidoras.

Governo provisório (1930-34) - fatos marcantes:

A Revolução constitucionalista de SP (1932): a pretexto de democratizar e constitucionalizar o país, os cafeicultores de SP tentaram voltar ao poder. Foram duramente reprimidos. Vargas, numa atitude claramente populista, concilia-se com os vencidos: nomeia paulistas para cargos chaves e mantém a política de valorização do café.
A constituição de 1934: inspirada na constituição democrática de Weimar (Alemanha), a 3ª constituição brasileira foi promulgada com as seguintes características: federalismo, eleições diretas (a partir de 38 - até lá Vargas seria o presidente) e secretas, voto feminino, representação classista no congresso e leis sociais (salário mínimo e legalização dos sindicatos). Apesar dos avanços, ela não tocou na estrutura agrária e nem regulou as leis sociais o que impedia sua aplicação.

Governo constitucional (1934-37) - fatos marcantes:

A "intentona" comunista (1935): as contradições sociais aguçadas com o desenvolvimento industrial fortaleceram o partido comunista. O objetivo do PC era criar alianças com setores mais progressistas da sociedade por isso criou a Aliança Nacional Libertadora (ANL) com um programa nacionalista, antifascista e democrático.
Com a repressão de Vargas a ANL, os comunistas passaram a preparar uma insurreição armada. Devido a não participação popular, a intentonaterminou em uma "quartelada" fracassada liderada por Prestes. Os dois anos que se seguiram foram marcados pelo fechamento político (estado de sítio) que prenunciava a ditadura que se iniciaria em 1937.
A ascensão da ideologia fascista: A ação integralista brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, foi a expressão típica do modelo fascista no Brasil. Propunha o culto ao seu líder e uma retórica agressiva anticomunista e nacionalista. O integralismo apoiou entusiasticamente o Golpe de 37, no entanto, Vargas não dividiu os privilégios do poder com a AIB.
O plano COHEN: Em determinado momento, o governo anunciou ter descoberto um plano comunista subversivo e o utilizou para dar o golpe de estado em 1937 cancelando as eleições de 1938. Na verdade, o plano era falso e foi apenas o pretexto para a ditadura. Iniciava-se o ESTADO NOVO.

O Estado Novo (1937-45) - fatos marcantes:

A constituição de 1937 (a "polaca"):outorgada e fascista. Estabelecia que o presidente teria o poder nas mãos enquanto não se convocasse um plebiscito para aprová-la (o que não aconteceu).
A ditadura: os partidos foram suprimidos, o legislativo suspenso, a censura estabelecida pelo departamento de imprensa e propaganda (DIP), centralizaram-se as funções administrativas através do departamento de administração do serviço público (DASP), as liberdades civis deixaram de existir.
A economia: aprofundamento da industrialização através do processo de substituição de importações nos setores de bens de consumo não duráveis (tecidos e alimentos) e, principalmente, dos bens intermediários (metalurgia e siderurgia). O estado arcou com o ônus da industrialização numa demonstração de nacionalismo econômico: foram criados a vale do rio doce, a siderúrgica nacional e o conselho nacional de petróleo (nacionalização do refino, não a estatização).
A questão social: criou-se o salário mínimo (1940), a consolidação das leis trabalhistas (1943) e os sindicatos passaram a ser controlados pelo ministério do trabalho. Deixava-se claro a combinação entre paternalismo estatal e fascismo. O estado passava a controlar as relações entre capital e trabalho (CORPORATIVISMO).
A 2ª guerramundial e a queda de Vargas: até 1941, o Brasil manteve-se neutro na guerra com declarada simpatia pelos fascistas.

Em 1942, porém, a ajuda americana para construção da usina de Volta Redonda foi decisiva para que Vargas declarasse guerra ao EIXO. A contradição entre a política externa e a realidade interna do regime se torna patente forçando a abertura do regime.

A abertura aconteceu em 1945: Surgiram partidos políticos como a UDN (burguesia financeira urbana ligada ao capital estrangeiro), o PSD (oligarquias agrárias), o PTB (criado por Vargas - massas operárias citadinas), o PCB (intelectualidade).

Ao mesmo tempo, Getúlio adotava um discurso cada vez mais nacionalista earticulava o movimento QUEREMISTA, favorável a sua permanência nos cargo. Em 1945, o exército derrubou o presidente evitando o continuísmo.

Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2774/1/ERA-VARGAS-1930-1945/Paacutegina1.html

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