O Egito é uma dádiva do Nilo, disse Heródoto. A dependência que esta civilização apresenta em relação ao Nilo é absoluta. Suas cheias são mais regulares e menos devastadoras que as cheias da Mesopotâmia, justificando obras menos complexas e de caráter tardio. As barreiras naturais do deserto também foi o motivo de um exército mais rústico e menos agressivo. A ocupação do vale por grupos autônomos, denominados nomos, deu-se durante o neolítico, e para melhor execução de obras hidráulicas (mão de obra) houve uma unificação política, em aproximadamente 3 500 a.C., dos Reinos do Baixo Egito (região do Delta) e no Alto Egito (abaixo de Mênfis). Em 3 200 a.C., Menés (ou Narmer), governante do Alto Egito, impôs a unificação dos reinos e tornou-se o primeiro faraó fundando a primeira das trinta dinastias.
•Antigo Império (3 200 a 2 300 a.C.):Como a capital era Tínis, esse período ficou conhecido também com Tinita e após a mudança da capital para a cidade de Mênfis (mais ao norte), em 2 800 a.C., passou a se chamar Menfita. Os sucessores de Menés organizaram um sistema monárquico, despótico e altamente burocratizado de caráter teocrático. O rei-deus era supremo e todos os outros eram seus servos. Foi aproximadamente entre 2 700 e 2 600 a.C. que construíram as grandes pirâmides em Gisé. Depois dessas monumentais construções, os gastos para sua manutenção tornaram-se insustentáveis. Os faraós perderam o poder e com eles a centralização política, voltando à mão dos nomarcas. O Egito passa, então, por um período intermediário, onde a paz e a prosperidade foram coisas raras.
•Médio Império (2 000 a 1 750 a.C.): O faraó recupera o poder, Tebas é a nova capital (Vale dos Reis) e os faraós da XII dinastia ampliaram as obras de irrigação devolvendo a prosperidade ao Egito. Apesar dessa prosperidade, os Hicsos, oriundos da Ásia menor, com toda sua superioridade bélica invadem o Egito e reinam no delta por quase dois séculos, mantendo os faraós isolados em Tebas. Nessa época também houve a invasão dos hebreus (semitas).
•Novo Império (1 580 a 1 100 a.C.): Após a expulsão dos hicsos em 1 580 a.C. por Amosis I, houve o despertar de um sentimento nacionalista e militarista que submeteu os hebreus à escravidão até 1 250 a.C. no episódio conhecido como Êxodo. Foi o apogeu do Egito como maior império do mundo, Tutmés III (1 480 a 1 448 a.C.) deu ao império a maior expansão territorial, até o Eufrates e Ramsés II (1 292 a 1 225 a.C.) derrotou os hititas na batalha do Kadesh, assegurando o domínio territorial sobre a Palestina e a Síria. As novas riquezas obtidas possibilitaram a construção de magníficos templos em Luxor e Karnak, conhecido como a morada dos deuses. Foi durante o novo império que houve a reforma religiosa monoteísta (1 350 a.C.), realizada por Amenófis IV (1 377 a 1 358 a.C.), que mudou seu nome para Akhenaton (aquele que agrada a Aton), anulada após sua morte.
•Baixo Império (1 100 à 525 a.C.) e o Renascimento Saíta: Após 1 100 a.C. ocorreu um longo período de decadência com conquista de diversos povos, inclusive os Assírios em 622 a.C sob Assurbanipal. Psamético I, governante da cidade de Saís, liberta o país dos assírios, dando início ao último período de independência do Egito que posteriormente (525 a.C.) foi conquistado pelos persas sob Cambises virando uma mera província desses.
Aspectos econômicos e sócio-culturais do Egito:A agricultura de ragadio foi a principal atividade econômica no Antigo Egito. É chamada assim por estar diretamente relacionada às obras hidráulicas. O Estado comandava as atividades produtivas uma vez que era detentor das terras. A população camponesa vivia numa estrutura repressiva de servidão coletiva (corvéia real) pagando impostos em produtos ou em trabalho ao faraó. Não havia especializações produtivas regionais e o território era auto-suficiente com relação às matérias primas básicas. O Estado não se monetarizou e os objetos eram trocados por objetos. Os artesãos trabalhavam apenas para enfeitar os palácios e adornos pessoais. Sociedade marcada pelo imobilismo tendo uma estrutura piramidal dividida rigidamente em camadas: I – Faraó e sua família; II – Sacerdote, alto burocratas e aristocratas (descendentes dos antigos nomarcas); III – Militares e escribas; IV – Artesãos e comerciantes; V – Camponeses e escravos (pouco numerosos, geralmente prisioneiros de guerra). A religião tinha caráter politeísta e antropozoomórfico e a crença de vida após a morte desenvolveu o culto aos mortos e às técnicas de mumificação. O Egito desenvolveu três tipos de escrita, a hieroglífica (sagrada e originária do período pré-dinástico), hierática (documentos administrativos) e demócrita (caráter popular e simplificado). A decifração da escrita egípcia foi obra de Champollion graças à Pedra da Rosetta, que, descoberta por um soldado de Napoleão em 1 799, continha o mesmo texto em grego, hieroglífico e Demócrito. Foi escrita em 196 a.C., decifrada em 1 822 d.C. e em seu conteúdo tinha uma homenagem a Ptolomeu.
Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/1731603-hist%C3%B3ria-egito-antigo/#ixzz1T3FN9TLp
Muito bom, os acontecimentos deveria ser mais cronologicamente organizado.
ResponderExcluirMuito bom
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